A Educação Profissional em Saúde é caracterizada por especificidades e peculiaridades, em virtude de sua oferta estar diretamente relacionada com as permanentes mudanças ocorridas nas práticas sociais e políticas e, ainda, com as inovações do mundo do trabalho, cabendo às instituições e aos professores responsáveis por essa modalidade de ensino pensar nas estratégias e instrumentos para promover a sua (re) estruturação. Deste modo, o estudo visa descrever as experiências e vivências dos professores que atuam nessa modalidade de ensino. A pesquisa molda-se como um estudo de caso, com abordagem qualitativa. A unidade selecionada para o estudo foi a Escola de Enfermagem de Natal, vinculada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Participaram da pesquisa 14 (catorze) professores do ensino técnico em saúde, selecionados de acordo com critérios pré-estabelecidos. Os dados foram coletados através de entrevistas semi-estruturadas e analisados através da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2004). Os resultados desta análise nos mostraram que são muitos os avanços e desafios dos professores inseridos no Ensino Técnico em Saúde, os quais tem contribuído para mudanças significativas em suas práticas pedagógicas. De maneira geral, para os professores entrevistados, fatores como perfil do aluno, acesso a diversos recursos, materiais e equipamentos, comportamento docente, exigências do mercado de trabalho, atitude dos profissionais do serviço em relação aos alunos dos cursos técnicos, qualificação profissional, tempo e/ou sobrecarga de trabalho, integração entre disciplinas, novas metodologias didático-pedagógicas e a pesquisa científica são apontados como agentes que interferem em sua prática pedagógica, facilitando-a ou dificultando-a, quando presentes ou ausentes.