O presente trabalho é resultado de uma pesquisa realizada no mês de novembro de 2014, na feira livre da cidade de Mamanguape – PB, com uma abordagem de investigação acerca da Etnomatemática. Como objetivo tínhamos a investigação de quais mecanismos os feirantes desta feira livre utilizam para mensurar a obtenção de lucros e prejuízos. Neste processo, foram realizadas entrevistas in loco com os respectivos vendedores, com gravação de áudio questionário semiestruturado e constantes visitas a referida feira. Percebemos que a matemática está presente no cotidiano dos feirantes, nas manifestações culturais/sociais e econômicas, entrelaçadas nas questões de sobrevivência e repassada na prática através de experiência adquirida ao longo do tempo, tornando a feira um espaço criativo de produção e manipulação do conhecimento matemático. A pesquisa nos proporcionou entrar em contato com a cultura matemática existente nas feiras livres e vivenciadas por todos que lá trabalham, nos apresentando assim a Etnomatemática que se configura em uma importante área de pesquisa, trazendo a importância da matemática nas mais diversas produções de conhecimento e nos mais variados contextos sociais e culturais, ajudando assim na reflexão a respeito das construções matemáticas realizadas por grupos sociais que por muito tempo foram excluídos das pesquisas acadêmicas de cunho matemático.