O presente estudo foi elaborado com a intenção de provocar um aprofundamento e estabelecer uma possível relação entre a educação colonial com a contemporânea, assim, como identificar até que ponto a mesma sofreu e/ou ainda sofre as influências educacionais da época. O interesse pela problemática se deu a partir das reflexões durante as aulas de história da educação brasileira, onde surgiram várias discussões e se levantou a questão das sobrevivências culturais da educação no Brasil Colônia na educação contemporânea. O objetivo é através da pesquisa de observação do Ensino fundamental ou ensino médio, verificar as influências e/ou permanências ou semelhanças com a educação jesuítica colonial no Brasil em relação aos seus valores e a cultura. A metodologia da pesquisa consiste numa observação empírica nas escolas de Mossoró/RN, buscando discussões pedagógicas acerca dos conteúdos das aulas e seus métodos de ensino. A educação no Brasil que, antes do "descobrimento" se dava de maneira informal pelos índios, os quais eram ensinados desde cedo a caçar, pescar, cozinhar, guerrear, para que houvesse um bom funcionamento da aldeia, modifica-se com a chegada dos portugueses. Essa educação se dá em dois momentos: primeiramente em 1549, de cunho pedagógico, formal, relativamente pública, ministrada pelos jesuítas que tinham como objetivo não somente alfabetizar e catequizar os índios, como também aculturá-los, a fim de cederem aos interesses tanto da Coroa Portuguesa como também dos próprios jesuítas. Num segundo momento, com a expulsão dos jesuítas e a vinda do Marquês de Pombal ao Brasil em 1754, daria uma nova estrutura educacional, acabando com toda a organização de educação construída anteriormente. Portanto é notório o quanto os jesuítas impactaram como também impulsionaram a educação escolar no Brasil Colonial. Observa-se na contemporaneidade que a educação tem influência marcante da cultura e valores católicos. Até que ponto esta educação persiste no meio educacional, influenciando a nossa cultura?