O presente artigo tem como objetivo apresentar os principais questionamentos levantados por Gaudêncio Frigotto a respeito da situação educacional brasileira no início do século XXI, mais especificamente, a partir do fenômeno do Lulismo iniciado em 2003, fenômeno este que foi marcante nesse período, porém não promoveu nenhuma grande mudança estrutural no que se refere ao modelo de educação vigente no Brasil, sobretudo no âmbito público. Na concepção de Frigotto, as políticas educacionais implementas no nosso país até o momento ignora o real valor da formação do indivíduo enquanto ser crítico e consciente de sua realidade social, formando-o apenas para exercer o mínimo possível de sua consciência política tendo somente alcance ao trabalho manual e acesso precário ao consumo.Analisando o pensamento de Gaudêncio Frigotto podemos observar alguns aspectos importantes a respeito do nosso sistema educacional na primeira década do atual século. Não se pode negar que em relação à ampliação de vagas e a garantia ao acesso até mesmo pelas minorias antes sem esse direto básico foram e são mudanças fundamentais, ainda que limitadas por interesses de classe.Corroborando as ideais de Gaudêncio Frigotto constatamos que no começo do século XXI a situação da educação pública brasileira vista de forma secundaria por aqueles que estão no poder continua a ser tão delicada como outrora fora e que dificilmente haverá uma mudança radical em seu cerne. Afinal, parece que a educação está voltada mais do que nunca para favorecer a classe dominante.