O objetivo deste artigo é de refletir sobre a afirmação da cultura afro-brasileira na escola, como ferramenta de construção da identidade da criança negra, partindo do princípio de que vivemos em uma sociedade onde predominam modelos estereotipados a respeito do segmento negro da população. Trata-se de um estudo de cunho qualitativo, através de pesquisa bibliográfica e web-gráfica. Utilizamos como referência as reflexões apresentadas por Munanga (2000), Trindade (2013) e Cavalleiro (2000), que trazem subsídios para discutirmos sobre a identidade da criança negra na escola, porquanto ela representa um dos principais elementos na construção social de um indivíduo. Enfatizamos os valores civilizatórios afro-brasileiros, que nos definem como sujeitos e que estão presentes em nosso modo de viver, assim como a necessidade de serem trabalhados no cotidiano escolar e a Lei 10.639/03, que trata da valorização e do reconhecimento da diversidade étnico-racial em todos os níveis da educação brasileira. É muito importante que se discuta sobre essa temática na escola, a fim de que a criança negra compreenda suas origens e conheça os elementos que compõem sua identidade. Nesse contexto, o docente tem um papel muito importante como auxiliador no processo de reconhecimento e aceitação dessa criança enquanto negra na sociedade. Assim, valorizar a cultura afrodescendente no meio educacional é um dos primeiros passos que podem contribuir para a desconstrução de atitudes de cunho discriminatório. É imprescindível que os professores e professoras possam conhecer e trabalhar a valorização do povo negro como parte fundamental da construção histórica, social e cultural do Brasil.