SANTOS, Wellingthon Gomes Dos et al.. . Anais XII CONAGES... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/18746>. Acesso em: 20/12/2024 05:50
Por séculos a palavra e o corpo negro tem sido percebido e tratado como sinônimo de escravidão. A sociedade e a mídia têm se aproveitando dos sinais diacríticos e da pele negra para fortalecer uma colonização já raizada no preconceito e na desigualdade social. Dessa forma, a história e o reconhecimento da afrodescendência vem sendo negada por uma ideologia biopsicossocial e cultural praticada pela sociedade hegemônica branca. Esse artigo tem como objetivo discutir em tempos hodiernos a negritude, especificamente a condição da beleza da mulher negra e a influência da mídia como aspecto manipulador e educador para o processo de desconstrução feminina da beleza negra. A pesquisa foi do tipo qualitativa e descritiva, a mesma foi desenvolvida no interior da Paraíba. Participaram dessa pesquisa 22 meninas na faixa etária entre 13 e 20 anos. Os dados da pesquisa foram realizados a partir de uma entrevista coletiva, tendo como estímulo discursivo o teaser do curta-metragem KBELA da cineasta Yasmin Thayná. Para compreensão dos dados coletados da pesquisa se utilizou a análise de conteúdo de Bardin. Ao término, pode-se concluir que o não reconhecimento ou autoaceitação das meninas/mulheres negras quanto a sua ancestralidade e história estão relacionados aos instrumentos midiáticos que giram a favor de atos discriminatórios existentes numa sociedade egocêntrica de supremacia branca, que desrespeitam a população étnico-racial.