A prostituição é um forte fenômeno com uma enorme expressividade, aliado ao tráfico de drogas, riscos à saúde, e a violência urbana, perpassado vários elementos sociais. Ao longo do tempo histórico a prática assumiu diversos sentidos e significados, assumindo de práticas religiosas até ser vista repreensivamente como uma atividade promíscua e imoral. Hoje se pauta no uso do corpo como forma de prestação de serviços em troca de um embolso monetário, porém não regulamentada devidamente como prática trabalhista. Repensar os motivos que levam as prostitutas a submeterem-se a essa prática, é repensar o discurso sobre a regulamentação trabalhista da atividade da profissional do sexo, fazendo com que o diálogo se alie com a realidade das mulheres.
O recorte do estudo deu-se na cidade de Itarema, Ceará, busquei através de entrevistas tentar esmiuçar os motivos que levaram cada uma das profissionais, pontuando as respostas com a classe social, aliado a isso, observei o local de trabalho e entrevistei alguns clientes. Neste processo de pesquisa empírica mesclada com teoria percebi que é necessário um aprofundamento do debate acerca da regulamentação dialogando com as realidades vividas, e assim, construir um projeto de pensamento cientifico pautado em políticas públicas mais próximas das mulheres.