As discussões em torno das relações de gêneros e sexualidades estão ganhando cada vez mais espaço em nossa sociedade, por refletir as ações que estão relacionadas à mesma e inseridas nas instituições que formam cidadãos – a partir de discursos e ações estratégicas. Diante disso, o presente trabalho objetiva, a partir da Análise de Conteúdo de duas reportagens – “Pais denunciam escola por proibir criança transgênero de usar banheiro das meninas” e “Arthur, transexual de 13 anos: ‘Acham que só quero chamar atenção’” – discutir de que modo a escola, enquanto espaço de construção de discursos e subjetividades, tem atuado diante de sujeitos que se reconhecem e se identificam a partir de vivências que fogem aos padrões estabelecidos hegemonicamente. Teoricamente, a discussão está embasada nos pressupostos teóricos de Louro (1997/2002), Ribeiro e Costa (2004), Kennedy (2010), Patto (1996), além de alguns Documentos Oficiais que regulamentam a educação no Brasil. A partir de tais análises, inferimos a necessidade (e urgência) de abrir espaço para a reflexão da escola enquanto instituição produtora de discursos e, mais do que isso, de olhares e de subjetividades.