Este artigo tem como objetivo a análise da prática dos assistentes sociais no espaço do Instituto Cândida Vargas, especificamente no Centro de Referência ao Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual e Doméstica. Ademais, busca analisar a condição social da mulher e as relações de gênero presentes na sociedade brasileira, bem como, a atuação das assistentes sociais na relação de violência nas Políticas Nacionais de Enfrentamento à Violência contra Mulher. Metodologicamente foi utilizada uma pesquisa exploratória aplicada de caráter avaliativo, desenvolvida entre os meses de março a junho de 2011 a qual usou uma amostra aleatória simples de 56% das entrevistadas, o que corresponde a 9 assistentes sociais de um universo de 16 profissionais. O presente estudo utilizou metodologias quantitativas e qualitativas com o uso de questionário e a entrevista semi-estruturada na fase da coleta. Um dos problemas detectados foi à falta de capacitação continuada dos profissionais de Serviço Social que atuam no Centro de Referência, e que geram impacto no atendimento às mulheres vítimas de violência sexual e doméstica, principalmente por se tratar de um espaço público, e, portanto, num cenário de precarização que corresponde à minimização do papel do Estado. Apesar dos avanços legais a aprovação da Lei nº11340/2006 (à Lei Maria da Penha) estabelece que a mulher seja acolhida e garantida o direito no acesso aos serviços de saúde e assistência social.