Resumo: Diante de todas as discussões e problematizações que vêm emergindo sobre a questão gênero e sexualidade e sabendo que travestis e transexuais têm sido objeto de estudo nos últimos 20 anos, o presente trabalho teve como objetivo pesquisar como se deu o pioneirismo da transexual Gisele Castro enquanto primeira professora universitária da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no campus II o Centro de Ciências Agrarias (CCA). O Brasil ocupa um lugar de destaque e negativo na estatística mundial, como primeiro país no mundo em termos de violências e crimes contra os sujeitos travestis e transexuais. Para a realização desta pesquisa foram feitas entrevistas qualitativas exploratórias entres os dias 19 e 20 de março, buscando conhecer um pouco da percepção da entrevistada sobre o tema, bem como, compreender os diferentes aspectos de sua trajetória profissional no referido campus como professora transexual. Gisele Castro não reconhece um preconceito explícito em seu local de trabalho, nem por parte de docentes e nem de discentes, mas acredita na possibilidade de um preconceito velado, no que tange a sua condição existencial, evidenciando a necessidade de que mais mulheres transexuais tenham oportunidades e assuma cargos notórios em nossa sociedade, na tentativa de construir de forma plural e democrática, as categorias incompreendidas existentes socialmente e culturalmente construídas.