Este artigo propõe uma reflexão sobre o momento em que uma onda conservadora invade as casas legislativas, através de projetos de lei que visam monitorar os conteúdos abordados nas salas de aula, com a justificativa de evitar a doutrinação política e ideológica alastrada pelos/as deputados/as que primam pelos princípios da educação brasileira, dando neutralidade política e ideológica, com pena de prisão para os/as docentes que venham a desrespeitar a determinação.
O poder judiciário postula a garantia do direito, assegura constitucionalmente o combate a toda a forma de discriminação e reconhece a união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família.
Nesse cenário, a escola como instituição acolhedora e sítio propício para o aprimoramento cognitivo, precisa acolher as várias configurações, saberes, culturas e conceitos, antevê a diversidade nas configurações familiares e transmuta ao longo dos anos a forma como o núcleo familiar sempre foi tratado dentro da escola que precisa acolher, garantindo um ambiente seguro e receptivo para que a aprendizagem esteja assegurada a todos/as e a cada um/a.
Através de uma pesquisa qualitativa, de natureza aplicada, com o objetivo de ser explicativa, observando o procedimento documental, este escrito busca adentrar nos dizeres da Constituição Federal, Leis, Projetos de Leis e normas seguidas por diferentes órgãos que explicitam olhares sobre algumas abordagens contraditórias de certos temas como família.
É fato que somente o conhecimento, que hoje quase inexiste sobre o tema, pode minimizar o caos instaurado nos Estados e Municípios. O conhecimento inicia no meio acadêmico, em especial com os/as formadores/as de docentes e segue em grupos de estudos que oportunizem o acesso aos familiares e às pessoas de toda e qualquer identidade de gênero e/ou orientação sexual.