Este artigo tem por objetivo conhecer as relações de gênero na produção do conhecimento sobre direitos humanos nos programas de pós-graduação no Brasil. Para tanto faz uma discussão teórica sobre relações de gênero, seguida de uma crítica feminista sobre a ciência e de uma reflexão sobre os estudos feministas latino-americanos e a praxis para descolonizar o gênero. Este artigo, faz parte dos resultados de uma pesquisa maior, realizada no âmbito de um Estágio Pós-doutoral, e se define como um estudo exploratório, e neste artigo, teve a finalidade de levantar um conjunto de informações sobre as relações de gênero na produção científica sobre Direitos Humanos, nos Programas e Cursos de Pós-graduação no período de 2000 à 2015. O lugar de coleta de dados foi a Biblioteca Digital Brasileira de Teses de Dissertações do IBICT. A perspectiva analítica que utilizamos foi o Método Estatístico, pois este pode oferecer uma maior precisão à análise quantitativa, mas a partir destes resultados elaboramos uma análise qualitativa. As nossas conclusões apontaram que a produção de teses e dissertações sobre direitos humanos é produzida de forma equitativa entre mulheres e homens e que as Regiões Sudeste e Nordeste são as que mais tem produção científica sobre este tema, e são seguidas pelas Regiões Sul, Centro-Oeste e Norte.