Este estudo de caso se propõe a mostrar a dificuldade de se inserir o estudo da mulher negra em um curso que se propõe falar sobre a diversidade étnica racial na formação de novos policiais militares na Paraíba. Falar da mulher em si acaba por se mostrar como uma barreira em um militarismo eminentemente machista, ao se deter sobre a mulher negra, o mito da igualdade racial parece tornar o estudo mais difícil. As dificuldades passam inclusive pelo próprio curso que reconhece o negro, mas não a mulher negra como objeto que merece ser estudado. A partir da experiência desta autora como militar a mais de dez anos de autores como Paulo freire com sua pedagogia libertadora (2008), Airton Edno Ribeiro (2009) e Roberto Kant de Lima (2003) que conhecem a educação militar e de Lilia Moritz Schwarcz (2012) que fala sobre o racismo no Brasil, foi possível desenvolver este relato de experiência. Na metodologia desse trabalho é explicado sobre a construção da aula para tratar da mulher negra, seguido pelos resultados dessa aula e de uma ampla discussão sobre os pontos tratados nesta aula e da realidade da mulher negra e do machismo presente na instituição policial militar que dificulta a visibilidade da mulher, encerrando com as considerações finais sobre o assunto tratado no trabalho.