O presente artigo analisa o desenvolvimento tecnológico e seu caráter proposicional, polissêmico e propulsor de diálogos, conscientização de direitos e empoderamento da mulher negra, focando em mídias digitais e redes sociais. O artigo visa despertar as reflexões aos evidentes retrocessos do preconceito e aspectos redutivos e indutivos quanto às relações de gênero e raça nas mídias e plataformas digitais. A proposta do texto tem o objetivo pensar a tecnologia como avanço, inovação e ferramenta para a promoção do discurso feminino negro. Analisa-se que apesar os avanços fomentaram as discussões de gênero se perpetuam nos meios comunicacionais, servindo de base para investigação das desigualdades existentes na contemporaneidade. Propomos uma reflexão através da revisão bibliográfica e de pesquisas das situações e campanhas de empoderamento de mulheres negras nas mídias e redes sociais. O desígnio é refletir sobre o desenvolvimento tecnológico, qual seria a sua proposta para o empoderamento da mulher negra e o que é encontrado nas plataformas tecnológicas de relacionamentos intersubjetivos. Conjetura-se o uso da rede social e das mídias como artefato de valorização da mulher negra, sua estética, seu corpo e sua força ideológica, mas também as potencialidades das mídias e redes sociais quanto ao preconceito misógino presente na sociedade, suas narrativas, vivências e lutas.