Este trabalho busca analisar o homossexualismo na ótica da religião espírita, na cidade de Campina Grande, no Nordeste brasileiro. O estudo investigou as formas de percepção e representação social que os homossexuais adquirem de acordo com a perspectiva da comunidade espírita. Constata-se que há um maior nível de aceitação dos indivíduos homossexuais, no ambiente do espiritismo. Entretanto, constata-se, também, que a delicadeza do tema não favoreceu uma averiguação no interior do espiritismo. O suposto nível maior de "aceitação" no espiritismo também esbarra em limites relativos à sua análise. Observamos que os homossexuais que frequentam os centros espíritas não se sentem com total liberdade para discutir o assunto - mesmo que haja um número considerável de participantes homossexuais no centro. Em geral, observamos que as discussões sobre a homoafetividade e práticas homossexuais são lançadas às sombras, como uma forma de preservar o homoafetivo e ao mesmo tempo salvaguardar a imagem da instituição e da religião. Nos deparamos com muitas reservas, tanto da parte dos frequentadores, como das lideranças religiosas. Entretanto, a análise das informações recolhidas sugere a relevância de estudos posteriores