A produção da identidade e diferença é perpassada pelas as relações de poder, estabelecendo polaridades que instituem a identidade como central e subalternizam a diferença. No que toca as abordagens no campo do gênero e sexualidades, essas construções sociais ganham caráter normativo, estabelecendo os corpos e subjetividades compatíveis com a norma e tornando a diferença abjeções. Para consolidar esse processo alguns dispositivos são utilizados, entre eles a escola, que foi historicamente utilizada como estratégia na normatização dos corpos e produções subjetivas. Nesse sentido, concebemos que problematizar como a escola dialoga com o fortalecimento da norma, reverberando padrões construídos e arraigados culturalmente, e como este processo se materializa através de violências físicas e simbólicas, corroborando para o fortalecimento da heteronormatividade, se configura relevante para entender esse processo. Partindo desse pressuposto desenvolvemos uma pesquisa bibliográfica, qualitativa de natureza exploratória, cartografando as inflexões das relações de poder na construção da identidade e diferença no espaço escolar. Evidenciamos que a escola, como instituição de produção e ressignificação do conhecimento reproduz os estereótipos e contribui significativamente para a consolidação da norma e consequentemente fortalece os padrões heteronormativos.