O presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise crítica do processo de afirmação dos direitos da comunidade LGBT a partir da inclusão da união estável a partir de um modelo heteronormativo que resulta na inclusão dessa mesma comunidade via mercado uma vez que o casamento estimula não somente o mercado imobiliário e a manutenção da propriedade privada assim como o comércio. Apesar de todas as discussões das garantias de direitos humanos que se constitui a partir da inclusão da união estável e da união civil de casais homoafetivos, devemos elucidar o quanto essas relações estão formatadas por regras e padrões heteronormativos e que não existe exclusivamente o modelo monogâmico de relação e que é necessário que essas relações também sejam reconhecidas e não discriminadas a partir de uma elucidação do que significa a monogamia em uma sociedade constituída por valores patriarcais.