Esse projeto dedica-se ao estudo de como se apresenta a assistência familiar aos detentos LGBT. Tal temática apresenta pontos críticos a serem analisados, pois não há unidades carcerárias adaptadas para o acolhimento desse público, condenados ao "não ser", porque o Estado reproduz a heteronormatividade patriarcal e segrega os detentos por sexo (fisiológico) e não por gênero (construção cultural). A população carcerária já vive em vulnerabilidade, pois a ideia da prisão é exatamente isolar o infrator da comunidade que ofendeu, cumulando-se outra vulnerabilidade por ser LGBT.A assistência familiar do preso é fator importante na sua reeducação e serve de motivação para sua volta à comunidade, posto que geralmente retornará ao lar familiar quando decretada sua liberdade. A pesquisa está em andamento,e pretende identificar como se dá o processo de visitação familiar desses detentos, verificando se há preparação inclusiva específica para tal. Pretende ainda traçar um mapa da população LGBT no Centro de Triagem e Observação Professor Everardo Luna (COTEL),localizado no município de Abreu e Lima,em Pernambuco. A importância desse estudo está no fato de que servirá de termômetro para uma realidade que parece assolar o preso LGBT, de não trabalho inclusivo junto à sua família. Assim, estaremos contribuindo com a ciência e cumprindo nossa responsabilidade social de traçar propostas de inclusão social dos multiplamente vulneráveis. Necessário o estudo científico desses laços: detentos LGBT e família, enquanto da prisão. Tal serviço será de grande valia às entidades governamentais, pois traçará o perfil de seus presos e dará elementos para inclusão social.