O maracujá amarelo (Passiflora edulis Sims. f. flavicarpa Deg.), pertencente à família Passifloraceae, está entre as principais espécies mais conhecidas e cultivadas no Brasil, apresentando grande importância comercial. Sendo assim, informações técnicas por parte dos agricultores têm se intensificado significativamente. Diante disso, objetivou-se neste estudo avaliar diferentes tipos de condução da cultura do maracujá entre produtores, localizados nos municípios de Cuité-PB e Coronel Ezequiel-RN, e sua influência na produção e qualidade dos frutos. Para a instalação do ensaio, foram selecionados dois produtores de maracujá que utilizavam técnicas diferentes de conduzir a referida cultura, as quais denominamos de Técnica 1 e Técnica 2 (T1 e T2, respectivamente). Estes produtores cultivavam o maracujá baseando-se exclusivamente nos próprios conhecimentos adquiridos através dos anos de trabalho com a cultura. Apesar das técnicas da cultura serem repetidas entre os produtores, estes, em particular, decidiram utilizar orientações diferentes da cultura no terreno (T1 - Norte/sul (N/S) e T2 - Leste/Oeste (L/O). Também se diferenciaram pelo tipo de planta utilizada (produzida por ele mesmo-T1, e comprada em viveiro- T2) e o tipo de poda de formação da cultura (realizadas por indicação técnica, T1, ou conhecimento próprio, T2). Os resultados observados demostram que a técnica de cultivo utilizada pelo primeiro produtor (T1) foi superior com respeito ao diâmetro, número de frutos e produção/planta. No que se refere aos dados biométricos o T1 obteve os melhores resultados com relação ao peso de sementes, não apresentando diferenças significativas em relação aos demais parâmetros, exceto a espessura do fruto, onde o T2 foi superior. E, na classificação diamétrica a T2 apresentou como o mais satisfatório. Portanto, conclui-se que, as diferentes técnicas de cultivo em ambas as propriedades, influenciam de forma significativa em determinadas características do maracujá-amarelo, tendo como ênfase a qualidade e produção de frutos, sugerindo a técnica T1 como a mais indicada para o cultivo.