Este artigo visa analisar o discurso do docente sobre o uso dos bioindicadores de chuva, nas aulas de Biologia. Ao longo dos anos vem sendo discutido o modo como o currículo está sendo construído e trabalhado. Nessa perspectiva, se o currículo é sobretudo conhecimento, a escola necessita abordar os saberes populares transmitidos ao longo das gerações e valorizar o conhecimento prévio do estudante. No entanto, quase sempre esses saberes populares acabam ficando fora das discussões escolares em virtude da hierarquia estabelecida em torno deles, na formação social do indivíduo. Além de ser um conhecimento pouco explorado, inclusive na academia, tem interferências importantes na tradição e cultura popular que, nem sempre, são compreendidos pelas gerações mais jovens. Com o intuito de investigar o nível de conhecimento popular dos alunos e, se de algum modo, esse conhecimento já foi ou está sendo trabalhado dentro das aulas de biologia, foi feita uma pesquisa com uma turma de 2º ano do Ensino Médio na cidade de Arara – PB. A metodologia usada de análise de discurso sobre os bioindicadores de prenúncio de chuva por meio de questionário composto de doze perguntas fechadas e abertas com a permissão dos entrevistados que utilizaram cerca de 25 minutos. Participaram 20 alunos entre 15 e 22 anos. Os resultados indicaram uma ausência desse conteúdo no discurso docente e o desejo dos alunos na inclusão dos bioindicadores nas aulas de biologia para maior aprofundamento na disciplina e para estimulação dessa percepção que ao longo das gerações vem caindo em desuso.