A Educação de Jovens e Adultos (EJA) possibilita a formação escolar de cidadãos que não tiveram a oportunidade de estudar ou finalizar sua formação escolar na idade convencional. Neste sentido, a EJA em prisões visa garantir o acesso à educação como direito, independentemente da situação de privação de liberdade, enfrentando a realidade da exclusão e invisibilidade desses grupos sociais. A presente pesquisa teve por objetivo analisar a eficácia de documentários como modalidade didática inovadora no ensino de biologia da EJA prisional de Cajazeiras-PB. A pesquisa foi realizada no período de 17 de Março a 31 de Março de 2015, com participação de todos os discentes do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do referido Presídio na cidade de Cajazeiras – PB. A pesquisa teve caráter quali-quantitativa, utilizando-se como instrumentos de coleta de dados observações, discussões, entrevistas semiestruturadas e participação nas atividades propostas. Os resultados obtidos indicam que as aulas de biologia podem extrapolar a mera abordagem de conhecimentos biológicos, e promover reflexões acerca de temas relacionados aos aspectos fisiológicos e anatômicos do corpo humano, que são conteúdos complexos, pois, grande parte da compreensão destes assuntos orienta-se por meio de práticas que subsidiem aos alunos uma melhor compreensão. Sabendo-se disto, a substituição de práticas anatômicas, podem ser adaptadas pela adoção de recursos visuais, que ilustram o assunto de forma lúdica e compreensível, fazendo-se a “prática” de forma contextualizada sem fugir do foco da aprendizagem.