O consumo de alimentos orgânicos vem ganhando cada vez mais espaço nos hábitos alimentares da população brasileira. Diante deste cenário, o estado da Paraíba destaca-se com líder na produção de alimentos orgânicos da Região Nordeste. Em face deste novo nicho de mercado, este artigo tem como objetivo averiguar o funcionamento do Sistema de Gestão da Qualidade na produção dos alimentos orgânicos cultivados em uma comunidade agrícola localizada na cidade de Campina Grande, na Paraíba, buscando compreender: como é realizada a produção sustentável de alimentos orgânicos; o que caracteriza um produto orgânico; e quais as técnicas empregadas no cultivo dos produtos e no manejo de pragas. Através dessa pesquisa, pretende-se diagnosticar e analisar se os critérios das Boas Práticas Agrícolas (BPA) são empregados pela comunidade agrícola visitada. Os métodos utilizados para que o objetivo deste trabalho fosse atingido foram o estudo de caso in loco e in modus operandis. Além disso, foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros, artigos acadêmicos e textos retirados da Internet. Elaborou-se, também, um questionário geral sobre o uso da gestão da qualidade voltada para a produção de produtos orgânicos e entrevistas com o coordenador geral do projeto na comunidade agrícola estudada e com um dos agricultores. Ao término deste trabalho, pode-se constatar que, para que os alimentos produzidos pela comunidade possam ser, de fato, considerados orgânicos, é preciso: 1) que se estabeleça uma política de qualidade para a comunidade agrícola; 2) que se coloque em prática todos os princípios das Boas Práticas Agrícolas (BPA); e 3) que seja realizada a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle no processo produtivo para identificar e avaliar os perigos de contaminação existentes tanto para o trabalhador quanto para os alimentos.