Esta pesquisa enfatiza a descrição de um fenômeno da oralidade que se transfere para a escrita, a monotongação, observada como um evento muito comum nos textos escritos pelos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal de João Pessoa (PB). Observou-se na escrita desses alunos tanto a tendência de reduzir os ditongos (monotongação) como a de produzi-los (ditongação). Por isso, apresentamos, neste trabalho, os fatores fonéticos e fonológicos, além dos fatores linguísticos e extralinguísticos responsáveis por essas variações. Entre estas, a variação social (diastrática) é que mais corrobora para a ocorrência desse fenômeno tanto na fala quanto na sua transposição para a escrita. Por fim, procuramos demonstrar que tais fenômenos, se considerados como variantes linguísticas à luz dos estudos fonéticos e fonológicos, podem ser minimizados na escrita com o auxílio do professor, quando este propuser atividades de retextualização – transformação do texto falado para o texto escrito - que levem o aluno à reflexão sobre diferenças e semelhanças entre a fala e a escrita, a fim de alcançar uma consciência fonológica capaz de cooperar na escrita adequada de palavras com ditongo, evitando, assim, a monotongação.