Pensar o universo escolar e os discursos que dele e por ele são produzidos é de suma importância para compreendermos o papel formador desta instituição. No decurso da história, pensou-se inúmeras temáticas que concernem a escola e abnegou-se outras tantas, dentre as quais a sexualidade está. O ensino dessa sexualidade por muito ( e talvez até hoje) manteve-se alicerçado em ideais/discursos fisiologistas e biológicos que atentam exclusivamente ao caráter reprodutivo do sexo. Inquietos com isso, nos dispomos nesse estudo a discutir o trato da sexualidade pela escola; guiados, então, pelo seguinte problema: Como a escola discursiva o sexo e a sexualidade?, buscaremos em Foucault (2009, 2010, 2014, 2015) e Louro (1997, 2000), entre outros para discutirmos através dessa pesquisa bibliográfica o tema. Tendo, pelas leituras teóricas realizadas, percebido o como se alicerça o discurso que forma a escola e que também age na formação, observamos como os valores religiosos perduram e gerenciam os dizerem no universo da Educação. Assim, através desse estudo, pudemos perceber que, mesmo com os avanços metodológicos no meio escolar e no ensino ainda temos um trato discursivo do sexo e da sexualidade arraigado nos modelos silenciados de dizeres , bem como um trato fisio-biológico da temática, anulando, assim, o caráter sócio-histório que ambos os temas têm para os educandos.