Artigo Anais II CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

O ESTUDO DAS PLANTAS MEDICINAIS COMO FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONHECIMENTO DE MORADORES DE UMA ZONA URBANA, DE CAMPINA GRANDE-PB

Palavra-chaves: ETNOBOTÂNICA, FITOTERAPIA, LEVANTAMENTO Pôster (PO) / Poster Submission Educação Ambiental
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Publicado em 14 de outubro de 2015

Resumo

A Etnobotânica compreende o estudo das sociedades humanas, passadas e presentes, e suas interações ecológicas, genéticas, evolutivas, simbólicas e culturais com as plantas. Várias pessoas estão fazendo uso das plantas medicinais, tanto pelo baixo custo como pela facilidade em adquiri-las. Dessa forma é importante que se tenha uma preocupação acerca da correta utilização das plantas com efeitos terapêuticos, pois muitos consumidores se sentem encorajados em utilizar essas plantas por acreditarem que, por serem naturais, não fazem mal à saúde. Esse trabalho teve por objetivo realizar um levantamento do perfil sociocultural, conhecimento e da utilização de plantas medicinais por moradores de um bairro do município de Campina Grande-PB, com o intuito de demonstrar aos alunos a importância das plantas, destacando outras utilidades, além da alimentação, peças para o vestuário, dentre outras, introduzindo a ideia da utilidade terapêutica das plantas. Foram entrevistados 10 moradores que apresentaram experiências com a utilização de plantas medicinais. Essa atividade prática pode ser realizada pelos alunos, com pessoas de sua vizinhança, sobretudo aquelas que detêm conhecimento sobre o tema. A coleta de dados ocorreu pela aplicação de questionário semiestruturado, sócio-cultural, no dia 23 de fevereiro de 2015. Dos entrevistados, 4 (quatro) tinham mais de 40 anos de idade, 4 (quatro) abaixo de 40 anos e 2 (dois) não informaram a idade. Em relação ao sexo 6 (seis) eram do sexo feminino e 4 (quatro) do sexo masculino; 4 (quatro) eram solteiros, 2 (dois) eram casados, 1 (um) era viúvo e 3 (três) não informaram o estado civil; 7 (sete) tinham filhos e 3 (três) não tinham filhos. Em relação à escolaridade, 1 (um) apresentou o ensino fundamental completo, 2 (dois) o ensino médio incompleto, 3 (três) o ensino médio completo, 2 (dois) o ensino superior incompleto e 2 (dois) o ensino superior completo. Todos revelaram que sabiam ler e escrever. Ao contrário de outras pesquisas realizadas, nota-se um número grande de pessoas com boa escolarização. No que diz respeito aos conhecimentos sobre plantas medicinais, 5 (cinco) informaram que foram obtidos de seus pais, 3 (avós) e 2 (dois) informaram que obtiveram o conhecimento pela TV. Apenas 1 (um) informou que era comerciante,1 (um) era funcionário público e 8 (oito) disseram que tinham outra ocupação (não mencionada). Apenas 2 (dois) dos entrevistados informaram que não fazem uso de plantas medicinais, 8 (oito) fazem uso, contudo, apenas 1 (um) informou que faz uso com grande frequência. Foram contabilizadas 25 citações de plantas, sendo que a mais citada foi a Peumus boldus Molina (boldo), com 4 (quatro) ocorrências, seguida de Chenopodium ambrosioides L. (mastruz) e Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. (Hortelã-gorda) com 3 (três) citações cada. Esses estudos ajudam a chamar a atenção da comunidade científica e da população para a importância de se proteger o conhecimento sobre o modo de se explorar, de maneira sustentável, os recursos da natureza, demonstrando que as plantas apresentam importância no estudo, isolamento, teste e utilização na produção de fitoterápicos, fato esse que normalmente passa despercebido, principalmente, por aqueles que vivem em uma zona urbana.

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