Este trabalho visa realizar uma análise sobre a relação família e escola na visão de um grupo de professores da rede municipal de ensino do Recife-PE. A análise insere-se dentro de uma perspectiva do contexto histórico social que versa tanto a infância quanto a família, ambas oriundas de modelos incompatíveis com a conjuntura contemporânea, mas que a depender do grau de envolvimento da família na vida escolar dos seus filhos, tende a determinar o desempenho escolar dos mesmos. O Estado brasileiro e as Leis do país dispõem de políticas públicas que amparam a família e a criança, além de instituir a educação como direito de todos. Para uma melhor compreensão entre os marcos legais promulgados no país e a real situação que permeia a relação família e escola na atualidade, respaldamos o presente trabalho nos escritos de Ariés (1981), Bourdieu (2013), Carvalho (2004), Nogueira (2006) e Perez (2011). A metodologia utilizada caracterizando-a como pesquisa de campo foi realizada através de um questionário aplicado à seis professoras das séries iniciais de três escolas da rede municipal do Recife. A partir das respostas obtidas nos questionários pudemos observar que a relação família e escola é dicotômica. Podendo ser evidenciada no empoderamento institucional, que embora reconheça tanto a família quanto o aluno e/ou aluna quanto pertencentes a um visível aspecto heterogêneo, continuam a reproduzir um discurso imposto no período monárquico o qual mantinha um conceito de família sob a égide de um modelo imaginário e patriarcal.