O discurso de qualidade da Educação permeia as Políticas educacionais do país, ao mesmo tempo em que exige um maior conhecimento sobre o que compõe seu lastro. Este artigo analisa a partir desse discurso e do relato de experiência desta pesquisadora, a ênfase dada às avaliações externas enquanto diretriz para o alcance da chamada qualidade da educação, mais especificamente no tocante à Prova Brasil, ressaltando os entraves, possibilidades, tensões e efeitos no currículo das escolas e no cotidiano educacional dos municípios. Ao final, busca-se evidenciar que, se por um lado a avaliação externa proporciona a adoção de técnicas de monitoramento e controle dos resultados alcançados, por outro, tem provocado um “desmantelamento” na organização política e democrática da escola, uma vez que a proposta em voga que gira em torno do processo de inclusão e diversidade acaba por dar vez a um currículo engessado cujo foco principal é o resultado estatístico. Na realidade a Avaliação em larga escala passa a ser não apenas o eixo norteador da prática docente, mas do currículo e da forma de organização da escola.