No modo de produção capitalista o trabalho é intencionalmente fragmentado e sua divisão hierarquiza funções, com diferenças de poder. No ambiente escolar essa lógica é reproduzida, com espaços ocupados pelas categorias dos docentes e técnicos, mediadas por relações sociais conflituosas, de diferentes interesses e poder, em confronto nas “arenas”. Dialeticamente, o conflito é estruturante das relações sociais e da ação coletiva no espaço escolar, permeada por correlações de forças entre os fragmentos de classe e o Estado. Diante do exposto, essa pesquisa exploratória tem como objetivo buscar produções científicas sobre o trabalho do técnico-administrativo na educação profissional. Utilizou-se como metodologia a pesquisa digital de teses e dissertações, com recorte temporal dos anos 2000, no Banco de Teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior – CAPES; Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq; e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações – BDTD do Instituto Brasileiro de Informação em Ciências e Tecnologia – IBICT. Os resumos considerados relacionados ao tema, foram lidos e os achados da pesquisa apresentados neste artigo. Observou-se que as produções acadêmicas mais aproximadas ao objeto de estudo, não compactuam com a perspectiva crítica e compreensão de que os conflitos entre técnicos e docentes, serve ao Estado como estratégia de fragmentação e enfraquecimento da classe trabalhadora.