Sabemos que a criança como ser em construção, possui características singulares que merecem atenção especial e, considerando que suas emoções, implicam diretamente no processo de desenvolvimento, muitos estudiosos, já alguns anos, destacam a relação afetividade/cognição, justificando que há uma relação de interdependência nesse processo de aquisição do saber e que a afetividade, nesse âmbito, favorece o desenvolvimento infantil. É importante salientar que o ser humano é um conjunto social, psicológico e cognitivo e, nesse sentido, a escola deve ser o espaço onde os sujeitos possam ser acolhidos, para que haja interação sem desconsiderar as peculiaridades de cada idade. Partindo desse aspecto, apresentaremos, nesse texto, o resultado de um ciclo de reflexões realizado no Grupo de Estudos e Pesquisas em Afetividade na Prática Docente, vinculado a Universidade Federal de Campina Grande/UFCG, que tem como objetivos analisar a influência da afetividade na relação professor aluno no processo de ensino-aprendizagem, sob a ótica walloniana e refletir as características das fases de desenvolvimento vivenciadas por crianças em diferentes idades. Para fundamentar nossos estudos tomamos como referência Wallon (1941/1995), nosso principal aporte teórico; Almeida; Mahoney (2007); Limongelli (2004); Dér (2004); Amaral (2004), dentre outros. Fizemos sob essa visão uma análise sobre os estágios de desenvolvimento e os conjuntos funcionais: afetivo, cognitivo e ato motor, propostos por Wallon. Destacamos que a compreensão da integração afetividade-cognição-motricidade é de grande relevância para o trabalho com essa etapa da Educação Básica, compreendendo que a teoria, aliada à prática, favorece o desenvolvimento de atividades condizentes com as necessidades das crianças.
Palavras-chave: Afetividade, Desenvolvimento, Docência, Prática Pedagógica.