Artigo Anais XI Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

ENTRE A MERITOCRACIA E O RACISMO ESTRUTURAL: UMA ANÁLISE CRÍTICA DO NOVO ENSINO MÉDIO SOB AS PERSPECTIVAS DE LÉLIA GONZALEZ E PAULO FREIRE

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Publicado em 02 de dezembro de 2025

Resumo

A presente comunicação oral tem como objetivo apresentar uma análise crítica do Novo Ensino Médio (NEM), sob a perspectiva de Lélia Gonzalez em interlocução com Paulo Freire. Analisa-se como o modelo contribui na reprodução das desigualdades sociais e no ocultamento do racismo estrutural, articulando o cenário atual com o conceito de neurose cultural brasileira, cunhado por Gonzalez. Considerando que o NEM impacta diretamente os estudantes da escola pública, em sua maioria negros (pretos e pardos), interpelando-os com um discurso meritocrático e individualizado, sob a premissa de prepará-los para o “mundo atual”, a pesquisa mobiliza os dados sobre emprego e renda do Censo 2022, contrastando-os com os do Censo de 1980 (analisado por Gonzalez), a fim de reexaminar a situação da população negra e refletir sobre o projeto educacional vigente. A partir dessa base empírica, demonstra-se como o NEM negligencia o contexto dos estudantes, oferecendo-lhes uma formação pautada na razão neoliberal com características da educação bancária, a qual não contempla criticamente as desigualdades, negligência as contradições e trata superficialmente as questões étnico-raciais. O referencial teórico abarca também autores como Sueli Carneiro, Achille Mbembe, Pierre Dardot e Christian Laval, permitindo uma articulação entre as dimensões educacional, política, econômica e social. Os resultados indicam que o NEM, ao adotar uma lógica neoliberal centrada na formação de um “sujeito-empresa", reforça o epistemicídio e perpetua a exclusão, sobretudo da população negra, pois visa naturalizar as desigualdades. A pesquisa também articula a relação entre consciência e memória (Gonzalez, 2020) tanto para evidenciar o apagamento quanto para, de forma propositiva, refletir acerca de uma educação capaz de equalizar essas categorias, visando à emancipação (Freire, 2008). Assim, esboça-se uma proposta libertadora e antirracista de educação, que reconheça a memória como possibilidade de resistência e recupere a dimensão coletiva da formação, desafiando a lógica neoliberal imposta à escola pública.

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