A transição demográfica marcada pelo envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. Nos últimos anos cerca de um milhão de pessoas cruzou a barreira dos 60 anos a cada mês, provocando mudanças importantes na estrutura etária das populações em praticamente todas as sociedades.Nesse contexto, ainda que a velhice não seja um sinônimo para doença e consequentemente dependência o aumento do número de pessoas nessa faixa etária leva a um quadro crescente de debilidades físicas e emocionais. Na maioria dos casos, surge a necessidade de um cuidador. Assim, o câncer é uma dessas patologias, que surgem nessa época da vida e que recorrentemente alteram o cotidiano do idoso e o faz necessitar de cuidados diretos. O cuidador passa a ser visto como uma figura essencial e torna-se responsável pelo seu acompanhamento durante todas as etapas da doença entre elas o diagnóstico, tratamento, recidivas e em muitas vezes uma série de cuidados paliativos. Para muitos, é uma realidade considerada penosa e árdua, motivada pela esperança da cura em alguns casos, mas cercada também pela acentuada carga de trabalho e o sofrimento tanto do cuidador como do idoso que está sendo cuidado. Esse trabalho busca caracterizar por meio de uma revisão de literatura, o trabalho do cuidador diante de um idoso diagnosticado com alguma neoplasia e elencar as principais necessidades e os problemas identificados durante o trabalho desempenhado, seja por um familiar ou um profissional de saúde habilitado. As várias discussões apresentadas objetivam reunir as principais publicações acerca da temática e discutir as maiores necessidades de cuidadores de idosos com câncer.