Introdução: Com o aumento da expectativa de vida da população brasileira, tem-se observado uma crescente soma do número de idosos com doença renal crônica (DRC). Os idosos em hemodiálise possuem características clínicas peculiares que devem ser consideradas; de maneira geral, possuem maior número de co-morbidades, necessitam de maior número de hospitalizações. Daí surge à necessidade de uma avaliação na qualidade de vida desse idoso submetido à hemodiálise, que na sua maioria apresenta quadro de depressão devido ao grande impacto que exerce sobre o seu cotidiano. Assim, o objetivo deste estudo é analisar a qualidade de vida do paciente idoso portador de doença renal crônica em tratamento de hemodiálise. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, com abordagem exploratória e descritiva. Uma revisão sistemática, assim como outros tipos de estudo de revisão, é uma forma de pesquisa que utiliza como fonte de dados a literatura sobre determinado tema. Em face ao percurso metodológico mencionado anteriormente, esta pesquisa iniciou-se a partir da seguinte pergunta norteadora: como vive o idoso em processo de hemodiálise? A busca bibliográfica aconteceu na Biblioteca Virtual em Saúde, por meio dos descritores: “doença renal crônica”, “idoso em hemodiálise”. Utilizou-se como estratégia para sistematizar a busca trabalhos no idioma português e disponível em texto completo obtendo 147 publicações. Como critérios de inclusão adotou-se publicações que avaliassem idosos portadores de doença renal crônica que tinham como tratamento a hemodiálise, foram excluídas as publicações que não apresentaram na população do estudo pessoas acima de 60 anos, que não apresentassem cenários de pesquisa no Brasil e trabalhos repetidos, o que resultou em 26 artigos. Os achados da coleta de dados foram organizados e analisados com a literatura pertinente à temática. Resultados e Discussões: Observou-se nos achados da pesquisa que os estudos evidenciaram a precariedade na qualidade de vida do doente renal. A partir do enfrentamento da cronicidade da doença, é possível compreender o significado e refletir sua influência no cotidiano do paciente, inclusive com relação ao meio em que vive. Referente à qualidade de vida a análise dos dados expostos nos artigos mostraram que idosos renais crônicos vivem com comprometimento de sua limitação física, reduzindo sua capacidade funcional, e sua aceitação ao tratamento levando-o a condição de dependente e como consequência o crescente número de idosos deprimidos. A qualidade de vida trata-se de um forte indicador de avaliação dos atendimentos prestados pelos serviços de saúde, aliando o processo saúde-doença com a efetividade dos procedimentos utilizados para o tratamento e reabilitação. Considerações finais: Surge à necessidade de se conhecer a doença, obter o máximo possível de informação e, com isso, procurar uma melhor alternativa de conviver com algo inevitável como o tratamento e assim exercer sua autonomia, apesar da sua fragilidade e limitação. Os trabalhadores da saúde precisam estar atentos às necessidades dos pacientes e familiares, para que possam, através do diálogo, apoiá-los na resolução das dificuldades encontradas percebendo sua magnitude e compreendendo em suas expectativas e respeitando sua individualidade.