A qualidade de vida em idosos é um conceito subjetivo, amplo e multifatorial, que resulta da interação entre pessoas em mudanças que vivem em sociedade e de suas relações intra, extraindividuais e comunitárias. Trata-se de um estudo transversal, teve por objetivo de averiguar a relação do estado de fragilidade com a qualidade de vida de idosos vulneráveis a fragilidade e os frágeis que vivem em comunidade. A amostra probabilística resultou na participação de 131 idosos residentes em 20 setores censitários do município de João Pessoa – PB. Os dados foram coletados mediante entrevistas domiciliares, utilizando instrumento contendo questões sociodemográficas; Escala de Fragilidade de Edmonton (EFS); WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD. Os dados foram analisados pela estatística descritiva. A média de idade foi de 75,4 (DP = 7,7) anos. Houve predominância do sexo feminino (74,0%), cor parda (45,0%), casados (45,0%), analfabetos (29,8%), renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (31,3%); predominância do estado aparentemente vulnerável à fragilidade entre os idosos (45,8%). O único domínio da qualidade de vida a apresentar diferença estatisticamente significativa (p = 0,001) com os escores de fragilidade foi o físico. O conhecimento dos níveis de fragilidade favorece a identificação de grupos de riscos, auxiliando na formulação de plano de cuidado para os idosos frágeis, com vistas à promoção da saúde e sua qualidade de vida.
Abstract
Quality of life of elderly people is a subjective, broad and multifactorial concept resulting from the interaction of people who live in society undergoing changes, and from their community, intra- and extraindividual relationships. The aim of this cross-sectional study was to assess the quality of life of elderly individuals vulnerable to frailty and that of frail elderly individuals who live in community. The probabilistic sample resulted in the participation of 131 elderly individuals living in 20 census sectors in the municipality of João Pessoa, state of Paraíba. Data were collected by means of home interviews, using an instrument containing sociodemographic questions so as to characterize the elderly and to identify self-reported health care problems, namely: Edmonton Frail Scale (EFS); WHOQOL-BREF and WHOQOL-OLD. Data were analyzed using descriptive statistics. The average age was 75.4 (SD = 7.7) years. Patients were predominantly female (74.0%), mulatto (45.0%), married (45.0%), illiterate (29.8%), family income 1-2 minimum wages (31.3%); prevalence of apparently vulnerable state to the fragility of the elderly (45.8%). The only area of quality of life to present statistically significant difference (p = 0.001) with the fragility of scores was physical. The knowledge of frailty levels favors the identification of risk groups, assisting to elaborate a care plan towards frail elderly individuals, aimed to promote their health and quality of life