O envelhecimento, apesar de ser um processo natural, submete o organismo a diversas alterações anatômicas e funcionais, com repercussões nas condições de saúde e nutrição do idoso. Muitas dessas mudanças são progressivas, ocasionando efetivas reduções na capacidade funcional, desde a sensibilidade para os gostos primários até os processos metabólicos do organismo. Muitos adultos idosos têm necessidades nutricionais especiais porque o envelhecimento afeta a absorção, o uso e a excreção de nutrientes. Um bom estado nutricional, com o fornecimento adequado de energia, proteínas, vitaminas e minerais é de extrema importância para que o idoso resista às doenças crônicas e debilitantes e possa manter a saúde e independência. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi ressaltar as necessidades nutricionais que mudam com o envelhecimento, enfocando os nutrientes como fatores que influenciam a melhoria da qualidade de vida dos idosos. Trata-se de uma revisão de literatura sobre o tema “Necessidades de nutrientes que mudam com o envelhecimento” por meio de artigos científicos publicados em revistas indexadas nas bases de dados: Scielo (Scientific Electronic Library Online) e outros. As ingestões diárias recomendadas (DRI, do inglês dietary reference intakes) separam o grupo de pessoas com 50 anos ou mais dois grupos, com idades entre 50-70 anos e com 71 anos e mais velhos. Com base no Índice de Alimentação Saudável, os americanos mais velhos precisam aumentar a ingestão de grãos integrais, vegetais verde-escuros e laranja, legumes e leite; escolher formas de alimentos mais ricos em nutrientes, isto é, alimentos pobres em gorduras sólidas e livres de adição de açucares, e diminuiu o consumo de sódio e gordura saturada. A taxa metabólica basal diminui com a idade em função das alterações na composição corporal. As necessidades de energia diminuem ~3% por década nos adultos. Incentivem alimentos ricos em nutrientes, em quantidades adequadas para as necessidades calóricas. O organismo de um idoso saudável apresenta entre 60 a 70% do conteúdo proteico dos adultos jovens, sugerindo menor necessidade de proteína dietética. O consumo de fibras junto com uma ingestão hídrica adequada previne a constipação, favorece um melhor controle da glicemia e do colesterol e reduz o risco de algumas neoplasias. A ingestão de lipídeos recomendada é de 20% a 35% do valor calórico total. A doença cardíaca é um diagnostico comum nos idosos e a restrição muito intensa de lipídeos na dieta altera sabor, textura e o prazer do alimento; pode afetar negativamente a dieta em geral, o peso e a qualidade de vida. O uso de suplementos vitamínicos e de minerais pelos idosos pode ser uma alternativa a ser considerada quando há consumo de dietas inadequadas ou alguma enfermidade específica. Porém, seu uso não pode ser extrapolado, visto que uma dieta equilibrada pode suprir as necessidades do indivíduo. O acompanhamento do nutricionista é importantíssimo para a orientação de uma nutrição adequada, adaptando as condições de cada individuo idoso.