O estudo realizado é um recorte de pesquisa sobre o uso de plantas medicinais por pacientes com câncer atendidos na Fundação Assistencial da Paraíba – FAP em Campina Grande/PB. Teve como objetivo realizar um levantamento de dados sobre o perfil e o uso de plantas medicinais por pacientes idosas portadoras de câncer de mama, tendo como amostra 22 pacientes entre 58 e 77 anos. A metodologia utilizada foi a de um estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa, delineando o cenário geral baseado nas respostas colhidas a partir da aplicação de um formulário. O levantamento identificou o perfil social, a renda média, estado civil, zona em que residem, tratamento seguido, quais plantas eram mais consumidas, indicação de uso, quais formas de obtenção e preparo, qual a finalidade e crença para uso. Ao adoecerem, quando não recorrem à automedicação, as idosas escolhem quem consultar no setor informal, popular ou profissional para obter auxílio, escolhas estas, influenciadas pelo contexto em que estão inseridos, o que inclui os tipos de assistência disponíveis e acessíveis, qualidade de vida, as condições de pagar ou não por estes serviços, e a forma como explica seu estado de saúde. Em sua maioria, as idosas portadoras de câncer de mama relataram não utilizar as plantas como forma de cura para o câncer de mama, por não ter indicação dos médicos, para não prejudicar o tratamento e/ou por falta de conhecimento.