A doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum da população idosa. É responsável por 50% a 60% dos casos e atinge no mínimo 5% da população de indivíduos com mais de 65 anos. Caracteriza-se por alterações cognitivas, de linguagem e de comportamento que se agravam durante o curso da doença. Por ser uma doença que compromete a integridade física, mental e social do idoso, o cuidador apresenta muitas limitações ao lidar com o indivíduo portador da doença. Objetivou-se identificar as limitações vivenciadas pelos cuidadores para prestação do cuidado ao idoso com doença de Alzheimer. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo com abordagem qualitativa realizado no município de Campina Grande, Paraíba, Brasil. A amostra do estudo foi constituída de 07 cuidadores domiciliares de idosos portadores de DA. A técnica utilizada no presente estudo foi a entrevista. Para análise dos dados foi utilizado o método de análise de conteúdo proposta por Bardin. O desconhecimento da doença e de como prestar o cuidado, a não aceitação, a falta de apoio familiar e da equipe de saúde, foram às categorias destacadas pelos cuidadores como limitações do cotidiano de cuidar de pessoas acometidas pela doença de Alzheimer. O estudo permitiu conhecer as limitações vivenciadas pelo cuidador de idosos com doença de Alzheimer, e apontam a oportunidade de tecer algumas considerações sobre os aspectos que influenciam na prestação do cuidado prestado. Cumpre assinalar o papel dos atores envolvidos na condução das políticas de saúde sobre os problemas vivenciados pelos cuidadores de idosos, de forma a subsidiar políticas de saúde, com adoção de mecanismos de gestão que viabilizem utilização dos recursos existentes no município, e ampliem a capacidade resolutiva das equipes de saúde em também desenvolver ações de promoção da saúde para os cuidadores de idosos.