Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas reflexões desenvolvidas no Projeto de Extensão Saúde do Idoso – PESI, da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. A proposta é analisar, a partir de uma perspectiva biossocial, a dificuldade primordial para conceituar a velhice na sociedade contemporânea, bem como discutir a construção social da velhice e do envelhecimento a partir das contribuições da Medicina e da Antropologia. Por meio de uma análise mais aprofundada e detalhada em suas múltiplas dimensões, constatou-se que, por essas perspectivas, as representações sobre a velhice, a idade a partir da qual os indivíduos são considerados velhos e a maneira como são tratados, possuem significados particulares e diferenciados em contextos históricos, sociais e culturais distintos e que o envelhecimento é parte de um processo contínuo de construção e reconstrução das idades e que conduz a inúmeras subjetivações, encarando-o de formas diferentes, assumindo assim, uma dimensão heterogênea. Alguns a caracterizaram como uma diminuição geral das capacidades da vida diária, outros o consideram como um período de crescente vulnerabilidade e de cada vez maior dependência no seio familiar. Outros, ainda, veneram a velhice como o ponto mais alto da sabedoria, bom senso e serenidade. Cada uma destas atitudes corresponde a uma verdade parcial, mas nenhuma representa a verdade total. Assim, em todas as sociedades, a idade é um conceito social e não apenas biológico ou psicológico
PALAVRAS CHAVE: Envelhecimento; Antropologia; Saúde.