Artigo Anais IV CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

INCIDÊNCIAS DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSAS

Palavra-chaves: POPULAÇÃO IDOSA, INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, PROMOÇÃO DA SAÚDE Pôster (PO) Práticas Clínicas e Terapêuticas direcionadas a Pessoa Idosa
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Publicado em 24 de setembro de 2015

Resumo

Introdução: O envelhecimento é definido como um processo de progressivas alterações biológicas, psicológicas e sociais que vão ocorrendo no organismo do ser humano, e para a Organização Mundial da Saúde, idoso, nos países em desenvolvimento, é todo indivíduo com 60 anos ou mais. Atualmente, ocorre no mundo o aumento do número da população idosa, como também o número de casos de infecções sexualmente transmissíveis nesta fase da vida, contudo, percebe-se a carência de ações voltadas a saúde sexual da mulher idosa e estudos envolvendo esta temática. Objetivo: Verificar a incidência de infecções sexualmente transmissíveis em idosas que realizaram o Papanicolaou. Metodologia: Pesquisa do tipo documental e exploratória, com abordagem quantitativa. A amostra foi composta pelos registros dos resultados do Papanicolaou de idosas referentes ao período de janeiro de 2011 a dezembro de 2014 de uma Unidade de Estratégia de Saúde da Família do município de Cajazeiras-PB. Os dados foram coletados em março e abril de 2015. Após a realização da coleta, os dados foram analisados de forma descritiva, recorrendo à literatura pertinente. Trata-se de um recorte da pesquisa Infecções Sexualmente Transmissíveis Evidenciadas no Exame de Papanicolaou em uma Unidade Básica de Saúde, que teve projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Cajazeiras sob o Nº CAAE: 41377515.3.0000.5575. Resultados e discussão: Foi identificado que 180 idosas realizaram o exame, destas, 91 (50,6%) encontravam-se na faixa etária de 60 a 64 anos, 44 (24,4%) de 65 a 69, 23 (12,8%) de 70 a 74, 16 (8,9%) de 75 a 79, 5 (2,8%) de 80 a 84 e 1 (0,5%) entre 85 a 89. Em 150 (83,3%) casos, o resultado encontrava-se dentro dos limites de normalidade, 4 (2,2%) candidíase, 2 (1,1%) vaginose bacteriana, 1 (0,56%) para tricomoníase, candidíase mais alterações celulares possivelmente não neoplásicas, e tricomoníase mais candidíase, e em 21 (11,6%) casos, os resultados não foram disponibilizados para a Unidade de Saúde. Observa-se que o número de exames em idosas dentro da faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde foi a de maior freqüência, porém, este número pode ser aumentado se as educações em saúde forem feitas de maneira adequada. Apesar do pequeno número de infecções sexualmente transmissíveis evidenciadas, comprova-se a importância da realização do Papanicolaou como medida de prevenção secundária eficaz para o diagnóstico de infecções do trato genital e que estas poderiam está em maior número se todos os resultados tivessem sido disponibilizados. Conclusão: É imprescindível que ações de controle das infecções sexualmente transmissíveis sejam efetivadas na atenção primária a população idosa, e que estas sejam baseadas na educação de toda sociedade e na conscientização dos profissionais da saúde que este público também encontra-se vulnerável ao adoecimento por estas infecções; além da participação efetiva do governo para fornecer subsídios para um exame de qualidade e seu resultado em tempo hábil, como também o acompanhamento da mulher em diferentes níveis de atenção, de acordo com suas necessidades.

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