Resumo
Introdução: A população acima de 60 anos cresce de forma acelerada desde as duas últimas décadas. Estima-se que a população mundial abaixo de 15 anos de idade declinará dos 31%, verificados em 1995, para cerca de 17% no ano de 2150. Associado ao processo de envelhecimento acelerado as doenças crônico-degererativas surgem no cenário da população idosa com alta prevalência, tornando-se um problema de saúde pública. Em relação ao tratamento farmacológico, têm sido desenvolvidas múltiplas substâncias psicoativas com o intuito de preservar e restabelecer as funções cognitivas, comportamentais e funcionais do doente de Alzheimer. Metodologia: O Estudo foi tipo transversal, observacional, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por 44 indivíduos de ambos os sexos com os respectivos diagnóstico clínico: Demência do Tipo Alzheimer, Demência Vascular, Demência Devido à Doença de Parkinson, e, Demência à Esclarecer. Dessa amostra, 26 eram portadores da Demência de Alzhiemer. Foram incluídos no estudo indivíduos de ambos os sexos e idade a partir de 60 anos, com diagnóstico clínico de demência, assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) através do Serviço Municipal de Saúde e da Clínica Escola de Fisioterapia da UEPB na cidade de Campina Grande/PB. Os dados foram avaliados pelo programa estatístico SSPS Statistics 22.0, sendo considerados valores significantes p<0,05. Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba-UEPB, sob o número: 22438213.2.0000.5187. Resultados e Discussão: A amostra foi composta por 26 indivíduos com diagnóstico clínico de demência de Alzheimer, os quais apresentaram média de idade 78,03± 7,14. Em relação ao nível de escolaridade, 30,8% (n=12) dos indivíduos portadores de DA estão incluídos no intervalo de 1 a 4 anos de escolaridade, seguido de 19,2% (n=5) equivalente a porcentagem de analfabetos. Relacionado ao gênero, evidenciou-se predomínio de indivíduos do gênero feminino correspondendo a 69,2% (n=18), quanto ao estadiamento da DA na CDR, observou-se que a maioria dos indivíduos, 61,5% (n=16) apresentaram demencia grau 3 (grave); 34,6% (n=9) demência moderada e 3,8% (n=1) mostraram demência leve. A pontuação para a DAD, é dada em porcentagem, de 0 a 100%, zero indica total dependência física e 100% das AVDs preservadas, no presente estudo obteve-se média de 19,83%, indicando alto grau de progressão da doença e alto comprometimento dessas funções. No que se refere a terapia medicamentosa, o esquema de tratamento foi dividido nesta pesquisa em três grandes grupos: os que não fazem uso de medicamento com efeito no SNC (26,92%), os que administram apenas uma droga (monoterapia - 23,08%) e os pacientes que administram dois ou mais medicamentos com esta finalidade (terapia associada – 50%). Dos que são tratados com monoterapia, também foram divididos em dois grandes grupos, os medicamentos específicos para o tratamento de DA e os medicamentos utilizados para transtornos psicóticos.Conclusão: Foi possível concluir que os pacientes que suspenderam o tratamento farmacológico, possuíram maior média da escala DAD, seguido dos que fazem uso da terapia associada aos inibidores de acetilcolinesterase em conjunto com os antipsicóticos.