INTRODUÇÃO: A idade materna avançada é estabelecida, tradicionalmente, como aquela igual ou superior a 35 anos¹. Esse conceito foi convencionado segundo o Conselho da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, em 1958. autores sugerem que adolescentes e mulheres com 35 anos ou mais geralmente estão suscetíveis a resultados perinatais adversos e morbidade e mortalidade materna³. O maior risco obstétrico em gestantes de idade avançada pode ser decorrente da frequência aumentada de doenças crônicas, especialmente hipertensão arterial, diabetes mellitus e mioma uterino
A pré-eclampsia ou Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), é uma síndrome que acontece no final do 2º trimestre da gestação e persiste durante todo o período gestacional. Embora seja uma patologia grave, quando tratada precocemente, diminuem as chances da forma mais grave da doença: a eclampsia. Este trabalho teve como objetivo identificar a correlação existente entre faixa etária, valores da pressão arterial e números de gestações com o desenvolvimento da pré-eclâmpsia. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada na maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida, situado no município de Campina Grande/PB, no período de junho a agosto de 2013. Sendo um estudo retrospectivo baseado nos prontuários das gestantes atendidas, com diagnóstico de pré-eclampsia. A amostra foi constituída de por 100 prontuários/fichas clínicas, disponíveis no momento da pesquisa, de gestantes atendidas, com diagnóstico médico de pré-eclâmpsia na unidade de alto risco da maternidade do ISEA foram encontradas 44 e que se enquadrassem nos critérios inclusão 15% das com diagnóstico de pré-eclampsia e acima de 35 anos. O dados estatísticos foram analisados pelo programa SPSS® “for Windows”. A pesquisa foi realizada de acordo com as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos preconizados pela Resolução CNS 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), sendo registrado sob o nº CAAE: 0334.0.133.000-12.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram identificadas 44 mulheres com diagnostico de pré-eclampsia, destas, dentre essa amostra 15% das gestantes tinham idades entre 35 e 45 anos. Após análise dos prontuários das pacientes constatatou-se, na maioria das fichas clínicas,os registros estavam incompletos ou ausentes. O presente estudo convergiu com os achados da literatura, e evidenciou que a incidência de hipertensão em adolescentes gestantes quando se controlam os fatores confundidores (assistência pré-natal, hábitos de vida, nutricionais, paridade, obesidade e apoio familiar) essas cifras não diferem das registradas em gestantes não adolescentes.Portanto, a ocorrência de pré-eclâmpsia e suas complicações não estão relacionadas diretamente com a idade da gestante, mas com tipo de assistência prestada e fatores biológicos e emocionais. CONCLUSÃO: É imprescindível a realização de estudos longitudinais com o intuito de fortalecer evidências na presente pesquisa encontrada. A idade como um fator isolado não é pré-requisito para o acometimento da gestante por eclampsia, ela quando associada a outros fatores como peso, antecedentes familiares, diabetes, etc, podem influenciar no adoecimento da paciente. A enfermagem é engrenagem motriz nesse processo de detecção das primeiras alterações fisiológicas em decorrência da hipertensão gravídica, através do olhar holístico inerente a esse profissional.