O presente estudo traz uma reflexão acerca da prática docente no que diz respeito a forma de tratamento dada as variações linguísticas em sala de aula, tema ainda bastante atual , que gera muitas discussões e incertezas por parte dos professores que muitas vezes não sabem como abordá-las durante as aulas e se devem ou não corrigi-las com receio de constrangerem o aluno, ou seja, até a forma de correção causa muita insegurança, o discente também sente receio e prefere, quase que constantemente calar-se para não sofrer as represálias do professor, fato recorrente durante as aulas de língua portuguesa. Partindo desse pressuposto este artigo traz também algumas sugestões para o trabalho com a análise linguística, que é uma forma de ensino que se apoia no uso de atividades metalinguísticas e epilinguísticas, visto que usa a teoria mas também a reflexão sobre ela, principalmente com o uso de textos produzidos em sala de aula pelos próprios alunos e os mesmos é que irão fazer a correção deles, logo que o objetivo é levar os discentes a aprimorarem as habilidades de oralidade, leitura e escrita, tão essenciais em sua vida escolar e em sociedade. É, então, uma forma a mais para se ensinar aspectos gramaticais em sala, porém partindo de situações reais de uso e de gêneros diversificados, saindo do tradicional proposto pelo livro didático através de suas atividades (na maioria dos casos) mecanizadas e sem sentido fora do ambiente escolar, atividades estas tão descontextualizadas e surreais para o alunado, fato que o leva a distanciar-se dos conteúdos vistos.