Na década de 80 o Brasil viveu um período de revolução muito grande no campo educacional a partir das discussões sobre o Plano Nacional do Livro Didático – PNLD, e das reflexões que o país vivia sobre o ensino de Matemática em consequencia ao nascimento recente do MMM (Movimento da Matemática Moderna). A partir desse enfoque, surgiu a necessidade de implementar ao livro didático aspectos lúdicos e ilustrativos com intuito de proporcionar prazer e motivação nos estudantes brasileiros, nascia assim o livro paradidático de Matemática que ao mesmo tempo que transmitia conhecimento e informação paralela as matérias do currículo regular, levava consigo o entretenimento com intuito pedagógico. As primeiras produções nesta perspectiva na área de Matemática se deram pelas obras de Monteiro Lobato e Malba Tahan, que além de estimular a leitura e a escrita dos alunos estabeleciam nexos para construir o conceito matemático embasados na interpretação e na reflexão de problemas propostos pelo texto literário. Desta forma, objetivamos fazer este resgate histórico das principais obras paradidáticas brasileiras e investigar até que ponto as mesmas propiciam uma aprendizagem significativa de Matemática bem como estudar a qualidade do ensino e da aprendizagem de Matemática disposta neste modelo de metodologia de ensino no qual condiciona os alunos a qualificação significativa nas habilidades tanto no plano cognitivo quanto no afetivo. Nesta pesquisa bibliográfica/ documental, percebemos o potencial do livro paradidático de Matemática enquanto sujeito emulsificante da interdisciplinaridade por meio dos estudos feitos e do contato com o processo sócio-histórico da Educação Matemática no Brasil.