Introdução: As discussões da diversidade cultural orientadas pela Lei 10.639/03, no contexto do ambiente escolar, demonstram que ainda existe uma negação quanto a importância das manifestações culturais do povo negro e indígena. Objetivo: Realizar uma pesquisa integrativa da literatura com o intuito de analisar as manifestações da cultura afro-brasileira e indígena existentes nas marcas deixadas nos corpos dessas comunidades. Materiais e Métodos: Foi feito um levantamento da literatura em abril de 2023, nas bases de dados periódicos Capes e Google Acadêmico. A busca permitiu a identificação de 05 artigos que se adequaram aos critérios estabelecidos. Resultados: Baseado na análise de dados, verificou-se que 75% dos artigos apresentaram discussões que apresentam uma sociedade que nega e discrimina as manifestações culturais e corporais desses povos; 50% dos trabalhos demonstram que os conceitos de decolonialidade e corporeidade devem ser estudados e ampliados e 100% defendem que mais debates precisam acontecer tanto na educação básica quanto superior. As marcas deixadas nesses corpos afro-brasileiros são, muitas vezes, marcas de silenciamento, de um olhar que os vê ainda como parte do folclore brasileiro. O ambiente escolar ainda não tem se debruçado sobre esses povos (e seus corpos) como parte identitária da sociedade brasileira. Conclusão: Portanto, foi possível concluir que as marcas deixadas nesses corpos são marcas de silenciamentos da sua cultura, que em nada contribuem para o sentimento de pertença na sociedade e para o fortalecimento de suas identidades. Como também, as manifestações da cultura afro-brasileira e indígenas que marcam os corpos dessas comunidades ainda não têm despertados ambientes educacionais para atividades de fortalecimento de suas identidades e as pesquisas têm sido insípidas, folclóricas e ainda racistas.