Olhar, ler o mundo e ser no mundo por meio da educação é um dos grandes legados da abordagem construtivista. A educação humanizadora se assenta na construção de uma sociedade democrática, ao permitir desenvolver – por meio do diálogo – a sensibilidade na escuta, na produção de conhecimento coletivo. Neste contexto, a primeira parte do artigo consiste em destacar o compromisso histórico do profissional docente em disputar a construção da subjetividade dos sujeitos por meio de uma educação historicizada, crítica e mediada com a realidade social do estudante, enfrentando uma correlação de forças desfavorável tendo em vista os múltiplos aparatos ideológicos do Estado Burguês que disseminam (des)informação e naturalizam o fenômeno da luta de classes. Após compreender o papel docente em ressignificar o espaço escolar, a segunda parte do texto direciona o sentido para compreendermos o que entendemos como lógica humanizadora e, desta maneira, qual lógica o profissional docente deve se desvencilhar a medida em que anseia construir coletivamente uma educação humanizada. Nesta parte, a principal luta no ato educativo é superar a coisificação do ser social para então o humanizar, uma contradição posta dentro do espaço escolar capitalista ao se fazer educação. A (re)construção do espaço escolar anticapitalista e anti-imperialista é uma necessidade imediata para construirmos um projeto de escola que atendam os interesses da classe trabalhadora.