Este artigo tem como objetivo, destacar como o estudo das curvas em coordenadas polares, desenvolvido em cursos de licenciaturas, pode ser uma ferramenta poderosa para desenvolver várias habilidades e práticas no Ensino Médio. A pesquisa trata-se da implementação de aulas na disciplina intitulada Geometrias não Euclidianas, do curso de Licenciatura em Matemática, da Faculdade Sesi de Educação. Puro fascínio! As curvas polares podem gerar uma variedade infinita de formas, desde círculos e elipses, até curvas mais complexas como por exemplo, espirais, limaçons, rosáceas, cardioides, entre outras. Na Educação Básica são estudadas principalmente por suas propriedades e comportamentos matemáticos, como concavidade, pontos de inflexão, tangências e mais temas afins. Para além do olhar matemático, estas curvas impulsionam o estudante na construção de uma maior flexibilidade cognitiva, pensamento criativo e senso estético. É nesse compasso que Matemática e Arte se encontram, os objetos matemáticos são refinados e aprofundados, a expressão crítica e criativa se alargam no estudo e desenvolvimento de cada curva. Inicialmente, os estudantes tiveram contato com as diferentes formas de um sistema de coordenadas, das coordenadas cartesianas às polares. Neste ponto, muitos perceberam suas dificuldades em Trigonometria. Desta forma, com a utilização do software de Geometria Dinâmica, Geogebra, os futuros docentes tiveram a oportunidade de ampliar a autonomia e o protagonismo a cada curva que era parametrizada, observando a importância de seus parâmetros, as novas formas, uma nova flor, uma nova rosácea. O espanto expresso era o indício de novas aprendizagens. Assim, a base teórica apresenta-se estruturada nas habilidades da BNCC e nos trabalhos de Santos e Gonzalves (2020) e em Madalena (2014). Os resultados apontam que os futuros docentes puderam relacionar conhecimentos matemáticos com arte, fomentando o pensamento criativo e o senso estético.