A pesquisa teve como objetivo estudar de que forma a aplicação de jogos e brincadeiras de matrizes africana, interferem na identidade, autoimagem e autorreconhecimento de crianças negras. Este estudo é um relato de experiência, baseado em um programa de doze aulas, aplicado a uma turma de 23 alunos, do 2º ano do ensino fundamental, de uma escola municipal de São Luís - MA. Foram utilizadas brincadeiras e jogos de matrizes africanas e contos infantis africanos, com o propósito de auxiliar os alunos na construção de sua identidade e em acordo com a Lei 10.639/03. Os resultados foram registrados por meio da observação sistematizada após a intervenção e, mostraram mudanças significativas nas falas, nos comportamentos no cotidiano e na forma de tratamento entre as crianças. Apesar dos resultados destaca-se a necessidade de aprofundamento nos estudos e na aplicação da Lei para o fortalecimento e apropriação dessa identidade e autorreconhecimento. Conclui-se que a intervenções por meio das atividades propostas sejam um caminho promissor para iniciar os diálogos étnicos raciais dentro do ambiente escolar, fortalecendo a identidade dos alunos e promovendo uma maior compreensão e valorização de suas raízes culturais. A incorporação de elementos culturais africanos nas atividades escolares revelou-se crucial para o desenvolvimento de uma autoimagem positiva entre as crianças.