Um dos maiores desafios enfrentados hoje no Brasil e no mundo é o gerenciamento dos resíduos sólidos. Dentre as várias formas de tratamento e redução dos impactos ambientais por parte dos resíduos sólidos, a coleta seletiva e reciclagem surgem como programas-chave que quando bem administrados garantem viabilidade e eficiência na diminuição dos impactos ambientais. Com base na problemática, o objetivo do estudo foi analisar de modo qualitativo a realidade dos catadores de resíduos sólidos do município de Remígio – PB, condições de trabalho, modo de vida, renda mensal e sua responsabilidade frente a proteção ambiental. A abordagem escolhida envolveu um estudo de caso na qual a partir de diversas abordagens (entrevistas, questionários, fotos) foram apontados eixos para o estudo em questão, sendo um questionário aplicado para coleta de dados. Como resultado, 80% dos catadores afirmaram já ter sofrido preconceito por conta da sua condição social e que o maior obstáculo encontrado no seu dia a dia são as condições arriscadas de trabalho, o comprometimento da saúde e sobretudo a busca para garantir o sustento familiar. Entre os recicláveis mais coletados por eles são os metais (30%), papel/papelão (30%), plástico (20%) e demais (20%). Quanto o custo-benefício, todos afirmaram ganhar pouquíssimo e que o quilo por cada material vendido ainda é muito baixo, sendo um fator de desmotivação. No tocante da ideia, os cinco questionados disseram não ter ciência fundamentada sobre a importância do papel que cumprem em prol da preservação ambiental, pois exercem a função por necessidade pessoal, serem analfabetos e por falta de oportunidades na vida.