Este trabalho aborda com profundidade a relevante questão da formação continuada para professores no contexto da Educação Especial, ressaltando a necessidade urgentíssima de capacitação adequada frente ao crescente número de alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) nas escolas modernas. O aumento expressivo desses diagnósticos demanda não apenas uma resposta educacional, mas também um comprometimento das instituições de ensino em implementar políticas educacionais que promovam a acessibilidade e a inclusão efetiva desses estudantes. Conforme explicitado na Lei nº 12.796/2013, especificamente no artigo 58, a Educação Especial deve ser prioritariamente oferecida na rede regular de ensino. Essa diretriz visa garantir que educandos com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação tenham acesso a um ambiente educativo que respeite suas singularidades. Dessa forma, é imprescindível que os professores estejam preparados para atender tais demandas, mediante uma formação que considere as especificidades de cada aluno e as melhores práticas pedagógicas para sua inclusão. Um exemplo prático dessa necessidade pode ser observado em uma experiência vivenciada em uma escola particular na cidade de Campina Grande, estado da Paraíba. Na ocasião, cinco alunos com diagnóstico de TEA foram integrados às salas de aula regulares. A ansiedade demonstrada por esses alunos em seu primeiro contato com novos colegas e professores, que nunca antes haviam conhecido, foi um ponto central da experiência. Reconhecendo a importância desse momento de transição, a coordenadora da escola, que acabara de concluir um curso de formação continuada em Educação Especial, decidiu implementar uma nova metodologia de ensino que favorecesse a inclusão. Com o objetivo de aprimorar a capacidade cognitiva e a aprendizagem desses alunos, a coordenadora organizou uma reunião com os professores, na qual foram discutidas estratégias pedagogicamente adequadas para o atendimento das necessidades específicas dos alunos com TEA. Essa formação teve um impacto significativo na prática docente, permitindo aos educadores desenvolverem atividades que se mostraram eficazes e que respeitavam as particularidades desses estudantes. No decorrer das semanas, os resultados começaram a se manifestar. Os alunos apresentaram progresso nas atividades propostas, demonstrando maior envolvimento e participação em eventos escolares. Cada um deles contribuiu de maneira significativa para os temas abordados em aula, proporcionando um enriquecimento não apenas para seus próprios aprendizados, mas também para a construção de um ambiente escolar mais inclusivo e colaborativo. Este trabalho fundamenta-se em investigações prévias, com base nas contribuições teóricas de autores como Caiado (2013), Santos (2020), Mendes (2021) e Rodrigues (2022), que ressaltam a importância da formação continuada como um pilar para a melhoria das práticas pedagógicas e, consequentemente, para a inclusão social. Por fim, é essencial reafirmar que a escola possui um papel social fundamental na transformação da realidade educacional. É vital que as instituições de ensino estabeleçam parcerias efetivas com os professores e invistam em sua formação contínua. Esse investimento não apenas eleva a qualidade do ensino, mas também amplia as oportunidades de aprendizado e desenvolvimento dos discentes com transtornos, promovendo uma educação mais equitativa e justa, capaz de atender à diversidade presente nas salas de aula.