O texto intitulado “Apoio matricial em saúde mental como estratégia de política pública de educação em saúde” aborda um olhar para a dimensão técnico-pedagógica referente ao apoio matricial enquanto processo de educação em saúde desenvolvido por Equipes de Matriciamento (E.M.) e Equipes de Referência (E.R.). Buscou ainda compreender o matriciamento em saúde mental como estratégia de política pública de educação em saúde. Para explorar esse tema, recorremos às contribuições e perspectivas de autores como: Brasil (2023, 2017, 2016, 2015, 2013, 2011, 2003b, 2001); Iglesias e Avellar (2019); Hirdes (2018); Iglesias (2015), Figueiredo e Campos (2009); Bezerra e Dimenstein (2008); Campos e Domitti (2007). Destacamos um relato de experiência sobre as possiblidades que o matriciamento oportuniza através de processos de construção coletiva e compartilhada na criação de propostas de intervenções pedagógico-terapêuticas com corresponsabilização e fortalecimento de transdisciplinaridade. As Equipes de Matriciamento e as Equipes de Referência são dois arranjos organizacionais que apresentam essas características de transversalidade e constituem-se, assim, como ferramentas para a construção de práticas inovadoras, que singularizam os processos dos sujeitos e suas necessidades de saúde, apresentando novas perspectivas na produção de autonomia, protagonismo e inclusão social. Os resultados dessa experiência indicam que o matriciamento se mostra como importante estratégia como política pública de educação em saúde através da troca de saberes e articulação possibilitando que os processos de formação dos profissionais se tornem críticos, reflexivos e que valorizem a discussão, a curiosidade, a incerteza, a complexidade e os questionamentos ao longo das práticas educativas indispensáveis para a humanização da atenção e da gestão em saúde.