Há, no imaginário de professor da educação básica, a ideia de que as dificuldades e mazelas da profissão docente assolam, se não apenas, mas especificamente estes. Por serem, em grande parte, pertencentes às redes municipais, onde há um número expressivos de contratos temporários, atrelados especificamente às questões políticas locais. O objetivo deste texto é discutir os desafios enfrentados por uma pedagoga para lecionar Matemática nos Anos Finais da Educação Básica e os possíveis impactos para a sua saúde/bem-estar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que usou como instrumento de produção de dados um questionário. Participou deste estudo uma professora licenciada em Pedagogia que leciona matemática nos Anos Finais da Educação Básica. Tem-se como aporte teórico os estudos de Reis e Cecílio (2014), Facci e Esper (2020), Kanan e Dresch (2022). A analise foi feita a partir das respostas obtidas por meio do questionário já citado. O estudo mostrou que os principais desafios enfrentados por uma pedagoga ao lecionar matemática nos Anos Finais são o domínio do conteúdo matemático, relação conflituosa entre pares, o nível de conhecimento e interesse dos estudantes, sobrecarga de trabalho relacionado a planejamento, realização de atividades fora do horário de expediente. Evidenciou também, que esses desafios impactam negativamente na saúde e bem-estar da professora causando-lhe estresse, desânimo, frustração, além de dores e uso de medicamento para poder lidar com a situação.